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Vinho do Porto com mais de 80 anos passa a ter classificação

Conselho Interprofissional do IVDP aprovou duas novas menções nos vinhos do Porto da categoria especial Indicação de Idade.
vinho do Porto vai ter duas novas menções nas categorias especiais, o Porto Tawny 50 anos ou o Branco 50 anos, e o Very Very Old Tawny Port, reservado para os vinhos com mais de 80 anos. A decisão foi já tomada em sede do Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e deverá, em breve, ser publicada em Diário da República.

As duas menções são o resultado de seis meses de trabalho entre os representantes da produção, do comércio e os serviços técnicos do próprio IVDP, que procuraram adaptar e atualizar o regulamento 242/2010 que estabelece o regime aplicável à proteção e apresentação das denominações de origem Porto e Douro e da indicação geográfica Duriense.

As categorias especiais são as que mais têm crescido nos últimos anos, mesmo em contexto de crise, sendo especialmente valorizadas em alguns mercados, como os Estados Unidos, o Canadá, o Reino Unido ou a Bélgica, entre outros, pelo que as empresas de vinho do Porto têm vindo, nos últimos anos, a procurar apostar crescentemente nestes vinhos de maior valor acrescentado. E há muito que o setor vinha mostrando interesse em ter uma menção Tawny 50 Anos a juntar às já existentes. Algumas empresas têm lançado vinhos de uma só colheita a assinalar o meio século, mas o objetivo é ter esta menção como parte do portefólio das empresas e não como edições especiais e limitadas. Serão vinhos de lote envelhecidos em casco durante 50 anos.

Além disso, é criada uma outra categoria para vinhos muito velhos, que terão sempre, no mínimo, mais de 80 anos. Serão vinhos com um envelhecimento absolutamente distintivo, e que passarão a chamar-se Very Very Old Tawny Port. Correspondem a alguns lançamentos raros que têm sido feitos nas últimos anos, em edições exclusivas, como o Taylor"s Scion, o primeiro de todos, em 2008, um Porto com 150 anos, ou mais recentemente, os 1866 Vallado Adelaide Tributa Porto, Carvalhas Memórias do Séc XIX Porto, Quinta do Crasto Honore Porto ou o Graham"s Ne Oublie. Tudo vinhos vendidos a mais de 2500 euros a garrafa, tendo alguns chegado mesmo acima dos seis mil euros.

"As empresas têm feito um enorme esforço para reativar vendas. As ações de promoção coletiva do IVDP ainda não começaram, devido às grandes exigências que o instituto tem no seu estatuto, em termos de contratação pública, mas vão começar agora. E as empresas estão a procurar reinventar-se para saírem do declínio de 2020", explica a diretora executiva da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), Isabel Marrana. Recorde-se que o vinho do Porto foi altamente penalizado com a pandemia, quer no mercado nacional, com a falta de turistas e onde as quebras chegar a 40%, quer nas exportações, com uma queda de 4%.

Vendas recuperam

Mas os primeiros seis meses de 2021 já trouxeram boas notícias: foram vendidas quase 3,5 milhões de caixas (de nove litros) de vinho do Porto, no valor de 152,7 milhões de euros, um aumento homólogo de 19,1% em volume e de 24,8% em valor. Mais importante ainda é a comparação com a média de 2018 a 2020, sendo que, este ano, já se cresce 8,7% em quantidade e 13% em valor, embora o mercado nacional esteja, ainda, 7,8% e 15,9% abaixo, respetivamente.
A alteração e atualização ao regulamento 242/2010 prevê, ainda, um incremento qualitativo da aguardente do Douro, no sentido de que esta siga o envelhecimento das aguardentes de prestígio internacionais, como o cognac, elevando a fasquia face ao que é tradicional no prazo de envelhecimento das aguardentes nacionais.

Fonte: https://www.dn.pt

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