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Que madeira utilizar?

A composição da madeira influencia o aroma transferido para os vinhos já que a estrutura celular do carvalho se apresenta como ideal para o fabrico dos barris. O seu contributo aromático é dos que melhor se harmonizam e combinam com os vinhos de qualidade. Nem todo o tipo de carvalho serve contudo para o fabrico das pipas, existindo cerca de 250 tipos de carvalho distintos em todo o mundo apenas alguns são seleccionados para o efeito. Na maturação/envelhecimento dos vinhos portugueses, são utilizados geralmente o carvalho-francês ou o americano. O tipo de árvore utilizada deverá ainda respeitar alguns requisitos como a altura da árvore que deverá ter cerca de 30 metros de altura e 180 a 230 anos, no que respeita à sua idade.

Após o corte dos troncos a madeira deverá ficar a secar ao ar livre, durante um período mínimo de três anos. Este período é indispensável para que a seiva seque eliminando o trago amargo da madeira. Poderão também ser utilizados outros processos de secagem, incluindo os artificiais, conferindo maior amargor ao vinho.

Ainda de referir que o fabrico do barril envolve uma série de procedimentos de tanoaria, que não é mais do que a arte do fabrico do barril. Uma arte que passa de geração em geração. A madeira é transformada em ripas, a que se dá o nome de aduelas, e pode posteriormente ser trabalhada pelo tanoeiro. Os aros metálicos mantêm as ripas juntas e o calor do fogo confere-lhes flexibilidade, o que lhes permite serem moldadas. De forma a aquecer a madeira, é habitual fazer-se uma espécie de fogueira que arde dentro da pipa. Desta operação resultam posteriormente os aromas e sabores mais ou menos torrados típicos dos vinhos que estagiaram em madeira. Ainda durante o processo de aquecimento é colocado um arame na base do barril, que se aperta para reunir as aduelas, sem existir a necessidade de utilizar cola ou pregos. Com estes acabamentos finais, o barril fica terminado.