INDICAÇÃO GEOGRÁFICA AÇORES
O arquipélago dos Açores encontra-se a cerca de 1600 quilómetros a oeste da costa continental portuguesa e é constituído por nove ilhas. A origem vitivinícola na ilha julga-se ter sido introduzida pelos franciscanos. Nas ilhas Terceira, Pico e na Graciosa verifica-se a existência de zonas demarcadas para a produção de vinhos brancos com Denominação de Origem. Desde 2004 que existem também vinhos com a Indicação Geográfica Açores. Tal classificação deveu-se à evolução tecnológica dos últimos anos assim como à tipicidade da região para a produção de vinhos.
Em relação à geografia da ilha, verifica-se a existência de solos pouco espessos, de origem vulcânica. O clima é temperado e apresenta variações de temperatura pouco significativas, com precipitação abundante, distribuída de forma regular ao longo de todo o ano.
ÁREA GEOGRÁFICA
- Todas as Ilhas do arquipélago.
CASTAS TINTAS PERMITIDAS
- Agronómica;
- Aragonez;
- Cabernet-Franc;
- Cabernet-Sauvignon;
- Castelão;
- Complexa;
- Merlot;
- Pinot-Noir;
- Rufete;
- Saborinho;
- Tinta-Barroca;
- Touriga-Franca;
- Touriga-Nacional;
- Vinhão.
CASTAS BRANCAS PERMITIDAS
- Arinto;
- Bical;
- Chardonnay;
- Fernão-Pires;
- Galego-Dourado;
- Generosa;
- Gouveio;
- Malvasia;
- Malvasia-Fina;
- Moscatel-Graúdo;
- Riesling;
- Rio-Grande;
- Seara-Nova;
- Sercial;
- Tália;
- Terrantez;
- Verdelho;
- Viosinho.
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM BISCOITOS
A denominação de origem Biscoitos aplica-se apenas aos vinhos brancos produzidos na região, sendo aplicável a vinho proveniente de vinhas instaladas em uma parte da Ilha Terceira. O termo Biscoitos refere-se ao solo pedregoso de cor escura, semelhante a um biscoito. É neste solo com áreas de altitude igual ou inferior a cem metros, que estão implantadas as vinhas, mais propriamente em curraletas, que não são mais que pequenas parcelas quadradas, separadas por muros de pedra solta como forma de protecção contra o vento. A casta Verdelho é a casta mais utilizada nos encepamentos.
ÁREA GEOGRÁFICA
Parte do concelho da Praia da Vitória.
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM PICO
A Denominação de Origem Pico é aplicável aos vinhos brancos produzidos nesta região. A ilha do Pico é a segunda maior ilha do arquipélago e possui a mais alta serra de Portugal, com 2351 metros. Em face da geografia do local, a vinha pode ser instalada a uma altura máxima de cem metros, numa faixa estreita, na parte ocidental, junto ao mar. As videiras encontram-se dispostas em currais, que são parcelas delimitadas por muros de pedra solta, como forma de protecção das videiras contra os ventos da região. As castas mais predominantes são a Arinto, a Terrantez-do-Pico e a Verdelho.
ÁREA GEOGRÁFICA
Parte dos concelhos de Madalena, São Roque e Lajes.
CASTAS PERMITIDAS
Arinto, Branco, Chardonnay, Fernão-Pires, Galego-Dourado, Generosa, Gouveio, Malvasia, Malvasia-Fina, Moscatel-Galego, Moscatel-Graúdo, Rio-Grande, Seara-Nova, Sercial, Terrantez-da-Terceira, Terrantez-do-Pico, Verdelho e Viosinho.
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM GRACIOSA
A Denominação de Origem Graciosa aplica-se aos vinhos brancos produzidos na região, sendo esta a segunda mais pequena e menos montanhosa das ilhas dos Açores. A sua altitude máxima é de 400 metros, sendo que esta reduzida elevação é responsável pela mais reduzida pluviosidade do arquipélago. Trata-se de uma ilha relativamente seca, sendo a vinha também cultivada em currais, a uma altitude de até 150 metros.
ÁREA GEOGRÁFICA
Parte do Concelho de Santa Cruz.
CASTAS PERMITIDAS
Arinto, Bical, Fernão-Pires, Generosa, Malvasia, Malvasia-Fina, Rio-Grande, Seara-Nova, Sercial, Terrantez e Verdelho.